Friday, July 07, 2006


Banda: Onabix60


MC LoopBix - guitarras, teclados, loops, programação, efeitos, voz
Bal.rama - guitarras, synths, baixo, voz
Yu - baixo, harmônicas
Ana.Palmey - expressão corporal, artes-plástica, voz

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Onabix60, um manifesto (anti-rock). Viva le rock!!!

Um projeto musical que se chama Onabix60. Apenas, uma 'jam' (improvisação artística) com as diversas formas da cultura contenporânea inseridas. Abrange as artes plásticas, a fotografia, poesia e ou dança. Como uma colagem, mesclam em um mesmo palco uma vanguarda nas artes plásticas, como as pinturas e esculturas de Ana.Palmey, um novo expoente na arte moderna. A dança e a expressão corporal. Poesias e pensamentos filosóficos declamados ou mesmo projetados e pré-gravados. Assim, de poemas de Maiakowyski, à filosofia de Herculano Pires ou roteiros de Neil Gaiman, a viagem transcende a ribalta.
O inusitado formato do grupo, um duo com guitarra, samplers, bateria & amigos, evita os clichês de bandas de rock. Mas também podem comparecer os velhos e bons companheiros de palco como, baixos, harmônicas, teclas & cordas em geral. Na verdade, não sendo um grupo de rock fazem questão de serem reconhecidos como tal. Como acreditam, o rock é essência, veia, atitude mesmo sendo samba.
Dando nomes aos bois, a Onabix60 tem suas raízes na continuidade do experimentalismo e descontrutivismo oitentista e influências de nomes do alternativo contemporâneo, como Nels Cline, Bill Frisell e virtuosismos afunkalhados da John Scofield Band e do onamatopêico Adrian Belew, conhecido mimitizador de sons de animais na guitarra, assim como a estética inconformista da arte eletrônica da Bjork; a genialidade da banda performática do artista plástico Aguilar, ou o 'sabor de veneno' do Arrigo Barnabé . Ou seja um duo em sintonia com o moderno progressivo atual, que mistura em sua cozinha a retrô punk-wave com a nova música tecno-beat acelerada dos Djs e a MPB. Loops criados ao vivo remetem a velhos mantras. Propositadamente efadonhos, terminam por causar hora bem-estar, hora um vazio. Assim é a arte atual, impactual; eis aqui a deixa, o manifesto, retratar o necessário incômodo do cenário moderno das artes.
"Para reencontrarmos com o emotivo, com o espírito, ou seja, o 'futebol-arte' que é o dom bem brasileiro. Nosso 'rock-arte', busca o mote na crítica para driblar a mesmice do cenário atual que adoeceu a atual juventude e toda uma geração por tempo inderteminado. As pessoas não tem mais senso e moral para orientarem a mudança desse nosso tempo. Os novos valores soam primitivos aos que tem realmente ouvidos de ouvir. Vivemos ao sabor intragável dos últimos decênios. Como já se dizia, o que era novo, jovem, hoje é antigo... O rock está morto e estamos aqui para acabar de enterra-lo, viva o rock!"